
Fazendo aulas de violão há quase dois anos, já é possível tocar algumas músicas. Mas sou tímido, e não gosto de errar em público. É até uma boa oportunidade para trabalhar isso...
Algumas divagações e constatações interessantes que me ocorreram nas aulas de violão:
1. Não consigo aprender observando gestos de outra pessoa. Geralmente quem aprende violão absorve muito vendo o professor e os outros tocarem. Eu só consigo aprender uma música através da leitura da cifra e da batida escritas. Isso me fez lembrar dos tempos de escola, em que absorvia pouca coisa do que os professores falavam (e eles faziam isso a maior parte do tempo), e tinha mais facilidade em aprender lendo os livros e apostilas. E me ocorreu que a escola (não sei se é assim hoje) deveria estar preparada para lidar com esse perfil de aluno, ao invés de submeter todos aos mesmos métodos pedagógicos.
2. Há de fato um parentesco entre os gêneros musicais que conhecemos. Me convenci disso através das batidas de violão, que é algo que me fascina (sempre que possível quero aprender uma música com uma batida diferente). Adoro música disco (anos 70), e acho a batida muito legal. Por exemplo: Nice and Slow, de Jesse Green. E não é que a ótima "Essa boneca tem manual", de Vanessa da Mata, tem a mesma batida? E Queixa, de Caetano, que é uma das minhas favoritas, também?! Aí percerbo a influência entre as tendências na música. Os discos de Caetano dos anos 1970-80 têm muita influência da discoteca. Assim como ela influenciou também Rita Lee, Gil, Ney Matogrosso... agora descobri a batida do carimbó, através da interpretação de "Sinhá Pureza" por Vanessa da Mata. O carimbó tem a ver com a lambada. E por aí vai... :-)
