domingo, 13 de junho de 2010

Dois costumes curiosos do cinema americano


Como diz Caetano (em Black or White, do album Circuladô ao Vivo), os americanos representam boa parte da alegria existente neste mundo. Creio que muito disso se deve à sua música e ao seu cinema.

Mas dois costumes curiosos quase unânimes associados à representação no cinema americano me chamam a atenção:

1. O ator e o personagem devem ter afinidade de personalidade e características. É preciso que o público acredite que o ator seria capaz de realizar as mesmas coisas que o personagem, caso fosse exposto a situação idêntica. Ou seja, ele é o próprio personagem. :-)

2. Talvez como uma extensão do outro costume, o ator precisa ser fisicamente igual ao personagem para que tenha credibilidade. O cinema americano é muito físico. Como prova de sua capacidade de representação, os atores precisam engordar, emagrecer, usar vendas nos olhos até dispensar a visão, etc. O ator normalmente é reconhecido e elogiado quando passa por um processo doloroso de adaptação física ao personagem. E vice-versa.

quarta-feira, 9 de junho de 2010


Época de São João, uma homenagem ao meu ídolo Genival Lacerda. Essa letra é rara na internet.


Americanizado
(Jorge de Altinho / Genival Lacerda)
Gravação: Genival Lacerda
Gravadora: RCA (BMG – Ariola)
Ano: 1986

Aqui tudo mudou, tudo tá mudado!
Aqui tudo pirou, tudo mudou, tá tudo americanizado

Até logo é tchau, e rapaz é BOY
Eu não entendo o que se fala por aqui
Na lanchonete é SELF-SERVICE e SANDWICH
Só se veste STONE WASHED, JEANS e calça LEE
Até no rádio o locutor só fala inglês
Só se ouve SHOW, POWER e ROCK'N'ROLL
Um tal de LOVE, mãe, quer dizer amor
Até Paulo de Quitéria mudou o nome pra PAUL


Um cachorro de pano se chama SNOOPY
Um OK quer dizer tudo acertado
Uma loja variada é SHOPPING CENTER
Um MOTEL é do casal sem estar casado
Mamãe, aqui tá tão americano
Que a criança só brinca com ODYSSEY
Meu gravador só toca apertando o PLAY, mãe
Aquele povo macho-fêmea agora é GAY