sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Divagações nas aulas de violão



Fazendo aulas de violão há quase dois anos, já é possível tocar algumas músicas. Mas sou tímido, e não gosto de errar em público. É até uma boa oportunidade para trabalhar isso...

Algumas divagações e constatações interessantes que me ocorreram nas aulas de violão:

1. Não consigo aprender observando gestos de outra pessoa. Geralmente quem aprende violão absorve muito vendo o professor e os outros tocarem. Eu só consigo aprender uma música através da leitura da cifra e da batida escritas. Isso me fez lembrar dos tempos de escola, em que absorvia pouca coisa do que os professores falavam (e eles faziam isso a maior parte do tempo), e tinha mais facilidade em aprender lendo os livros e apostilas. E me ocorreu que a escola (não sei se é assim hoje) deveria estar preparada para lidar com esse perfil de aluno, ao invés de submeter todos aos mesmos métodos pedagógicos.

2. Há de fato um parentesco entre os gêneros musicais que conhecemos. Me convenci disso através das batidas de violão, que é algo que me fascina (sempre que possível quero aprender uma música com uma batida diferente). Adoro música disco (anos 70), e acho a batida muito legal. Por exemplo: Nice and Slow, de Jesse Green. E não é que a ótima "Essa boneca tem manual", de Vanessa da Mata, tem a mesma batida? E Queixa, de Caetano, que é uma das minhas favoritas, também?! Aí percerbo a influência entre as tendências na música. Os discos de Caetano dos anos 1970-80 têm muita influência da discoteca. Assim como ela influenciou também Rita Lee, Gil, Ney Matogrosso... agora descobri a batida do carimbó, através da interpretação de "Sinhá Pureza" por Vanessa da Mata. O carimbó tem a ver com a lambada. E por aí vai... :-)

domingo, 13 de junho de 2010

Dois costumes curiosos do cinema americano


Como diz Caetano (em Black or White, do album Circuladô ao Vivo), os americanos representam boa parte da alegria existente neste mundo. Creio que muito disso se deve à sua música e ao seu cinema.

Mas dois costumes curiosos quase unânimes associados à representação no cinema americano me chamam a atenção:

1. O ator e o personagem devem ter afinidade de personalidade e características. É preciso que o público acredite que o ator seria capaz de realizar as mesmas coisas que o personagem, caso fosse exposto a situação idêntica. Ou seja, ele é o próprio personagem. :-)

2. Talvez como uma extensão do outro costume, o ator precisa ser fisicamente igual ao personagem para que tenha credibilidade. O cinema americano é muito físico. Como prova de sua capacidade de representação, os atores precisam engordar, emagrecer, usar vendas nos olhos até dispensar a visão, etc. O ator normalmente é reconhecido e elogiado quando passa por um processo doloroso de adaptação física ao personagem. E vice-versa.

quarta-feira, 9 de junho de 2010


Época de São João, uma homenagem ao meu ídolo Genival Lacerda. Essa letra é rara na internet.


Americanizado
(Jorge de Altinho / Genival Lacerda)
Gravação: Genival Lacerda
Gravadora: RCA (BMG – Ariola)
Ano: 1986

Aqui tudo mudou, tudo tá mudado!
Aqui tudo pirou, tudo mudou, tá tudo americanizado

Até logo é tchau, e rapaz é BOY
Eu não entendo o que se fala por aqui
Na lanchonete é SELF-SERVICE e SANDWICH
Só se veste STONE WASHED, JEANS e calça LEE
Até no rádio o locutor só fala inglês
Só se ouve SHOW, POWER e ROCK'N'ROLL
Um tal de LOVE, mãe, quer dizer amor
Até Paulo de Quitéria mudou o nome pra PAUL


Um cachorro de pano se chama SNOOPY
Um OK quer dizer tudo acertado
Uma loja variada é SHOPPING CENTER
Um MOTEL é do casal sem estar casado
Mamãe, aqui tá tão americano
Que a criança só brinca com ODYSSEY
Meu gravador só toca apertando o PLAY, mãe
Aquele povo macho-fêmea agora é GAY

quinta-feira, 18 de março de 2010

Reflexões...

Não tentar transformar os outros em nós mesmos é um exercício para toda a vida. Espero pelo dia em que não irei me perceber fazendo isso com frequência.