Quando era mais novo (nao faz muito tempo!) me interessava por zen budismo.
Encontrei essa semana os preceitos a seguir. Cara legal esse Trich Nhat Hahn.
Os quatorze preceitos do budismo engajado socialmente, como delineado por Trich Nhat Hahn:
1. Não seja idólatra por causa de nenhuma doutrina, teoria ou ideologia, mesmo as budistas. Os sistemas budistas de pensamento são meios de orientação; eles não são a verdade absoluta.
2. Não pense que o conhecimento que você possui no presente é imutável, ou que ele é a verdade absoluta. Evite ser fechado e estar preso a opiniões presentes. Aprenda a praticar o desligamento de pontos de vista a fim de estar aberto a receber os pontos de vista de outros. A verdade é encontrada na vida e não simplesmente no conhecimento de conceitos.
3. Não force os outros, incluindo crianças, por nenhum meio, a adotar seus pontos de vista, seja por meio de autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda, ou mesmo educação. Entretanto, através do diálogo compassivo, ajude os outros a renunciarem o fanatismo e a estreiteza de idéias.
4. Não evite o sofrimento, não feche seus olhos ao sofrimento. Não perca a consciência da existência do sofrimento na vida do mundo. Encontre maneiras de estar com aqueles que estão sofrendo, incluindo contacto pessoal, visitas, imagens e sons. Por tais meios, lembre a si mesmo e aos outros à realidade do sofrimento no mundo.
5. Não acumule riqueza enquanto milhões passam fome. Não faça o objetivo da sua vida adquirir fama, lucro, riqueza, ou prazer sensual. Viva simplesmente e compartilhe seu tempo, energia e recursos materiais com aqueles que estão passando necessidades.
6. Não mantenha a raiva ou o ódio. Aprenda a penetrá-los e transformá-los enquanto eles ainda só existem como sementes na sua consciência.
7. Não se perca nas distrações à sua volta, mas continue sempre em contacto com tudo que é maravilhoso, refrescante e curativo dentro de você e ao seu redor. Plante sementes de alegria, paz e entendimento em si mesmo, a fim de facilitar o trabalho de transformação nas profundezas da sua consciência.
8. Não pronuncie palavras que podem criar discórdia e causar a quebra da comunidade. Faça todos os esforços para reconciliar as pessoas e resolver todos os conflitos, nem que sejam pequenos.
9. Não diga coisas falsas nem por interesse pessoal, nem para impressionar as pessoas. Não diga palavras que causam divisão e ódio. Não espalhe notícias que você não sabe se são verdadeiras. Não critique ou condene coisas das quais você não tem certeza. Sempre fale a verdade, de maneira construtiva. Tenha a coragem de levantar sua voz quando vir uma situação injusta, mesmo quando ao fazer isto você coloca sua segurança em perigo.
10. Não use a comunidade budista para ganho ou lucro pessoal, e não transforme sua comunidade em um partido político. Uma comunidade religiosa, no entanto, deve tomar uma atitude clara contra a opressão e injustiça, e deve tentar mudar a situação sem se envolver em política partidária.
11. Não viva com uma vocação que é nociva aos seres humanos e à natureza. Não invista em companhias que privam outras pessoas da sua chance de viver. Selecione uma vocação que o ajude a realizar seu ideal de compaixão.
12. Não mate. Não deixe que outras pessoas matem. Encontre todos os meios possíveis de proteger a vida e impedir a guerra.
13. Não possua nada que deveria pertencer a outras pessoas. Respeite a propriedade dos outros, mas impeça os outros de lucrarem do sofrimento humano ou do sofrimento de outras espécies na Terra.
14. Não maltrate seu corpo. Aprenda a cuidar dele com respeito. Para preservar a felicidade dos outros, respeite os direitos e os compromissos dos outros.
sábado, 12 de dezembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Sobre as declarações de Caetano

Como disse Lula a respeito de Hugo Chavez, entendo, mas não concordo com as declarações de Caetano sobre Lula (reprodução abaixo).
Fico muito a vontade para comentar porque sou fã dos dois. Considero Caetano um dos artistas mais brilhantes, senão o mais brilhante, do século XX.
E desde os meus 17 anos voto repetidamente em Lula, para mim um gênio do carisma e das relações humanas. Sempre votei em Lula esperando exatamente essa performance em termos de resultado de governo, embora torcesse por um Lula mais rebelde, que talvez não desse certo. É pena que o Brasil não o elegeu antes, e de 1989 pra cá a nossa situação social e ambiental tenha se agravado tanto.
Penso que a história de vida de Caetano infelizmente lhe tenha feito esperar que o Brasil fosse visto como grandioso nas nãos de um professor, de um sociólogo. Que seria preciso uma pessoa de berço, mas ao mesmo tempo sensível, para fazer o Brasil acontecer. Lula tá longe disso, mas deu muito mais certo do que essa alternativa.
O que deve incomodar (e muito) a uma mente sutil e inovadora como a de Caetano não é (óbvio) a escolaridade de Lula, mas o seu raciocínio sequencial e simplista, de feijão com arroz, de torcedor de futebol. Mas um político de eficiência ímpar.
Já era tempo de Caetano perceber que é possível conciliar as duas coisas. E que nesta década precisávamos muito de um líder como Lula.
Mas concordo com Caetano que 2010 é a vez de Marina!
http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=40687&mdl=49
Redação CORREIO
Como sempre faz nas entrevistas, o cantor e compositor baiano Caetano Veloso não teve meias-palavras e soltou o verbo. Desta vez, falando para o jornal O Estado de S. Paulo, ele fez declarações polêmicas relacionadas ao presidente Lula, a quem chamou de analfabeto, cafona e grosseiro.
O santo- amarense, que toca na capital paulista hoje (6), amanhã (7) e domingo (8), afirmou que votará na ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nas próximas eleições presidenciais. “Pode botar aí. Não posso deixar de votar nela. É por demais forte, simbolicamente, para eu não me abalar. Marina é Lula e é Obama ao mesmo tempo”, afirmou. E foi além: “Ela (Marina) é meio preta, é uma cabocla, é inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula que não sabe falar, é cafona falando e grosseiro. Ela fala bem”.
Caetano também comentou sobre a situação atual do país, citando uma matéria publicada no jornal americano The NewYork Times. “Sempre achei que o Brasil é um país com destino de grandeza e uma originalidade fatal”, disse. O cantor e compositor também revelou que não temccelular e que se considera parcimonioso com relação à tecnologia, mas que gosta muito de trocar mensagens em e-mails.
(Notícia publicada na edição impressa do dia 06/11/2009 do CORREIO)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
O que fazer com o lixo eletrônico?
O que fazer com o lixo eletrônico?
Por Stella Dauer
http://br.especiais.yahoo.com/plug-play/artigo/post/tech_noticias/7/O-que-fazer-com-o-lixo-eletr%C3%B4nico%3f.html
O lixo eletrônico é um dos mais novos problemas da modernidade. Em um mundo em que os produtos são feitos para serem substituídos, o chamado resíduo tecnológico começa a acumular de maneira preocupante em aterros e lixões.
São milhões de celulares, computadores, DVDs, impressoras, notebooks, televisores, tocadores de música e outros aparelhos eletroeletrônicos descartados sem cuidado, mostrando que seus antigos donos não sabem que esse tipo de material deve ter tratamento e destino adequados para evitar a poluição e a contaminação das reservas naturais e do meio ambiente.
De acordo com o Greenpeace, 50 milhões de toneladas de eletrônicos são descartados por ano em todo o mundo. Preocupada com isso a ONG lançou há três anos o "Guia de Eletrônicos Verdes", que mostra periodicamente uma nova versão de um ranking composto pelas 18 maiores empresas do ramo no mundo. Quanto mais colaboram para tornar seus produtos menos nocivos ao meio ambiente, mais sobem nas colocações.
Quando o material eletroeletrônico é jogado fora sem cuidado, a sua exposição ao sol, à água e ao tempo provoca vazamentos e deterioração de materiais que contaminam o solo e os rios, chegando inclusive aos alimentos consumidos por pessoas e animais.
Entre os maiores problemas do resíduo eletrônico estão as pilhas e baterias. Compostas geralmente por chumbo, cádmio, mercúrio, manganês, cobre, níquel cromo e zinco, são altamente poluentes e causam estragos quando em contato com a natureza, uma vez que esses metais nunca se decompõem no ambiente e se acumulam com facilidade no corpo dos seres vivos.
Qual a situação no Brasil e no mundo?
As Nações Unidas apoiam o reparo e o comércio de recicláveis e a União Europeia já adota a Convenção de Basileia, que proíbe o descarte de lixo eletrônico em aterros e a exportação para outros países desde os anos 90, criando uma indústria específica para esse nicho.
Nos Estados Unidos, onde o tempo médio de uso de um computador é de 18 a 24 meses, existem leis destinadas exclusivamente à eliminação de baterias e no Canadá já existem impostos adicionados aos eletrônicos que possuem certos elementos químicos em sua composição. Entre 50% a 80% do lixo eletrônico produzido em países desenvolvidos acaba sendo exportado para países em desenvolvimento, como o Brasil e outros locais na África, onde acabam sendo incinerados para a recuperação de metais. Esses processos geralmente se dão de forma ilegal e contaminam o ar.
No Brasil, entretanto, ainda não existem leis que regulem a produção desenfreada do lixo eletrônico. Carlos Américo, representante do Ministério do Meio Ambiente informa que a única legislação relacionada ao assunto é a lei ambiental (Resolução Conama 257 de 30/06/1999), que estabelece limites para o uso de substâncias tóxicas em pilhas e baterias e delega ao varejo a responsabilidade de ter sistemas para coleta destes materiais e encaminhá-los para reciclagem junto aos fabricantes. Uma Política Nacional de Resíduos Sólidos tramita no governo desde 2007, ainda sem aprovação final.
Resta às empresas cumprirem seus papéis e cuidarem para que aquilo que produzem e vendem seja descartado da maneira correta. Não só as empresas, mas também o consumidor pode tomar providências para evitar um colapso no sistema de limpeza pública e evitar um desastre ambiental eminente.
O que você pode fazer?
Computadores - Mesmo achando que o seu PC não presta para mais nada, muitos ainda podem aproveitá-lo para muitas coisas. Uma boa opção é doar para uma instituição como a "Fundação Pensamento Digital", que aceita modelos com processadores acima do Pentium II, além de monitores, teclados, mouses e cabos em funcionamento.
Além dessa instituição, outras como a ONG "Comitê para Democratização da Informática" também aceitam computadores em todo o Brasil, além de periféricos, scanners e impressoras. Com as doações o CDI busca levar o conhecimento da tecnologia à população de baixa renda.
Caso seja uma raridade, é possível levar sua relíquia ao "Museu do Computador", que aceita doações de equipamentos para compor seu acervo. Além do seu PC velho, eles também aceitam HDs, disquetes, placas-mãe, softwares, livros, revistas e até material antigo de escritório. Em uma oficina especializada, os equipamentos doados são revisados e consertados para exposição.
Jose Carlos Valle, presidente e curador do museu, ressalta que a vantagem em doar as peças ao local é o uso de tudo o que é entregue. "Não jogamos nada fora, aproveitamos tudo. As peças de museu serão guardadas, e as outras são separadas para diversos fins como fazer quadros etc." declara. Consciente do problema do lixo eletrônico Valle ministra palestras informativas sobre o assunto, nas quais dá ideias do que mais pode ser feito com a sucata tecnológica, como roupas e esculturas.
Impressora - Em vez de jogar sua impressora fora quando for realizar um upgrade no escritório, utilize-a para conseguir um desconto em novos equipamentos. O programa "Novo Trade In da HP" dá um vale compras de até R$200,00 na compra de impressoras e multifuncionais para quem trouxer seu aparelho usado.
Celular - Se você está cansado do seu celular e comprou outro a primeira coisa a fazer é tentar vendê-lo em um dos tantos sites de venda ou em listas de emails, entre amigos. Outra opção é dá-lo a alguém, pois sempre há quem tenha um modelo pior do que o seu, ou que tenha sido roubado ou quebrado. Passar um celular a outra pessoa aumenta a vida útil do aparelho e prolonga a data do seu descarte.
Caso você não queira dar e nem vender, ou seu celular quebrou, caiu na privada etc., existem muitos locais em que você pode depositar a bateria, o aparelho e inclusive acessórios do celular. As operadoras Claro, Vivo e TIM recolhem esse tipo de material em muitas de suas lojas e as fabricantes Sony Ericsson, Nokia e Motorola também possuem programas de recolhimento de aparelhos e acessórios.
Baterias, pilhas de câmeras, relógios e outros - Muitas empresas possuem um local próprio para que seus funcionários descartem seu lixo eletrônico. Se esse não for o caso da sua, procure o Papa Pilhas, projeto do Banco Real em parceria com outras empresas que espalha em shoppings, empresas e agências bancárias repositórios nos quais podem ser descartadas baterias variadas e pilhas de eletroeletrônicos em geral.
Segundo o "site do projeto", até o final de 2008 mais de 170 toneladas de material foram recolhidas e enviadas à empresa Suzaquim, uma das únicas empresas no Brasil autorizada a reciclar esses produtos.
O Papa Pilhas não aceita baterias maiores do que 500 gramas ou com dimensões maiores do que 5 x 8 cm, mas de acordo com a lei a devolução desses itens deve ser feita no local de compra ou ao fabricante.
Lâmpadas - Segundo a Apliquim, empresa especializada em processamento de lâmpadas descartadas, o processo acima vale também para as lâmpadas, sejam elas fluorescentes ou incandescentes. Uma vez que seu vidro não pode ser reciclado da forma normal, elas devem ser devolvidas ao local em que foram compradas.
Atenção com o que compra - Pilhas falsificadas e irregulares representam um risco ainda maior ao meio ambiente, pois podem vazar com maior facilidade. Exija do vendedor todas as informações possíveis a respeito da origem da pilha, e desconfie do camelô que vende aquelas marcas chinesas por três reais e adquira apenas marcas conhecidas.
Além disso, prefira aparelhos portáteis cuja bateria pode ser removida. Produtos que possuem pilhas embutidas duram menos e é mais difícil encontrar um local para substituir sua carga.
O que é feito com o lixo eletrônico?
No Brasil, todo tipo de bateria recarregável como as que utilizamos em notebooks, máquinas fotográficas, celulares e pilhas recarregáveis e que são recolhidas para a reciclagem costumam passar por um processo de desencapação e os metais contidos em seu interior são queimados em fornos industriais de alta temperatura com filtros que impedem a emissão de gases poluentes. Ao final são obtidos sais e óxidos metálicos, que posteriormente são utilizados em tintas, vidros, cerâmicas e química em geral.
Um processo semelhante acontece com outros tipos de equipamentos. Computadores, celulares e outros eletrônicos são desmembrados em várias partes (metais, fontes, placas de circuito, plástico) manualmente ou de forma automática. Segundo a Nokia, seus aparelhos e acessórios têm em sua composição 45% de plástico, 20% de cobre, 10% de materiais cerâmicos e 25% de outros materiais, todos eles com 100% de capacidade de reaproveitamento. O material separado pode ser moído ou derretido, voltando à sua origem e entrando na fabricação de novos produtos, que nem sempre são eletroeletrônicos.
Mas o site "Lixo Eletrônico" afirma que o Brasil ainda não possui um processo completo de reciclagem de materiais. Após a separação das partes mais valiosas manualmente, o resto do lixo eletrônico é moído e enviado para fora do país. O site também informa que em alguns lugares esse processo é executado por crianças de 12 anos.
Joga fora no lixo
Uma iniciativa divertida aconteceu no último dia 3 de outubro no Gramadão da Vila A, local de morada de trabalhadores da hidrelétrica Itaipu Binacional. A segunda edição do "Campeonato Sul-Americano de Arremesso de Celular e o 1º Campeonato Mundial de Arremesso de Notebook" reuniram 120 pessoas com o objetivo de conscientizar os participantes sobre a importância do lixo eletrônico.
Cobrando uma inscrição de 2 quilos de alimento os campeonatos premiaram aqueles que conseguiram arremessar os equipamentos o mais longe possível com ingressos para hotéis e passeios turísticos. "Todo o material utilizado no torneio não funciona mais, foram sucatas doadas por seus donos ou assistências técnicas" avisa Gabriel Campos, coordenador do evento.
Ricardo Pires Garcia levou o primeiro lugar ao arremessar seu celular a 87,44 metros de distância, quebrando seu próprio recorde feito no ano anterior, e Roberson da Luz foi o vencedor da categoria dos notebooks, alcançando a marca de 25,85 metros. Os celulares e notebooks arrecadados foram destinados para a COAAFI (Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu) e os alimentos serão doados para o Projeto Mão Amiga, instituição que acolhe moradores de rua em Foz do Iguaçu.
O evento teve grande repercussão na cidade e na mídia nacional. "Nosso objetivo era chamar a atenção para a quantidade de produtos eletrônicos produzidos no mundo, 50 milhões de toneladas/ano, e fazer a pergunta: 'Qual o destino final destes produtos?'. Acredito que a semente foi lançada" comenta Gabriel, que ficou satisfeito com o resultado.
Geek.com.br
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Por Stella Dauer
http://br.especiais.yahoo.com/plug-play/artigo/post/tech_noticias/7/O-que-fazer-com-o-lixo-eletr%C3%B4nico%3f.html
O lixo eletrônico é um dos mais novos problemas da modernidade. Em um mundo em que os produtos são feitos para serem substituídos, o chamado resíduo tecnológico começa a acumular de maneira preocupante em aterros e lixões.
São milhões de celulares, computadores, DVDs, impressoras, notebooks, televisores, tocadores de música e outros aparelhos eletroeletrônicos descartados sem cuidado, mostrando que seus antigos donos não sabem que esse tipo de material deve ter tratamento e destino adequados para evitar a poluição e a contaminação das reservas naturais e do meio ambiente.
De acordo com o Greenpeace, 50 milhões de toneladas de eletrônicos são descartados por ano em todo o mundo. Preocupada com isso a ONG lançou há três anos o "Guia de Eletrônicos Verdes", que mostra periodicamente uma nova versão de um ranking composto pelas 18 maiores empresas do ramo no mundo. Quanto mais colaboram para tornar seus produtos menos nocivos ao meio ambiente, mais sobem nas colocações.
Quando o material eletroeletrônico é jogado fora sem cuidado, a sua exposição ao sol, à água e ao tempo provoca vazamentos e deterioração de materiais que contaminam o solo e os rios, chegando inclusive aos alimentos consumidos por pessoas e animais.
Entre os maiores problemas do resíduo eletrônico estão as pilhas e baterias. Compostas geralmente por chumbo, cádmio, mercúrio, manganês, cobre, níquel cromo e zinco, são altamente poluentes e causam estragos quando em contato com a natureza, uma vez que esses metais nunca se decompõem no ambiente e se acumulam com facilidade no corpo dos seres vivos.
Qual a situação no Brasil e no mundo?
As Nações Unidas apoiam o reparo e o comércio de recicláveis e a União Europeia já adota a Convenção de Basileia, que proíbe o descarte de lixo eletrônico em aterros e a exportação para outros países desde os anos 90, criando uma indústria específica para esse nicho.
Nos Estados Unidos, onde o tempo médio de uso de um computador é de 18 a 24 meses, existem leis destinadas exclusivamente à eliminação de baterias e no Canadá já existem impostos adicionados aos eletrônicos que possuem certos elementos químicos em sua composição. Entre 50% a 80% do lixo eletrônico produzido em países desenvolvidos acaba sendo exportado para países em desenvolvimento, como o Brasil e outros locais na África, onde acabam sendo incinerados para a recuperação de metais. Esses processos geralmente se dão de forma ilegal e contaminam o ar.
No Brasil, entretanto, ainda não existem leis que regulem a produção desenfreada do lixo eletrônico. Carlos Américo, representante do Ministério do Meio Ambiente informa que a única legislação relacionada ao assunto é a lei ambiental (Resolução Conama 257 de 30/06/1999), que estabelece limites para o uso de substâncias tóxicas em pilhas e baterias e delega ao varejo a responsabilidade de ter sistemas para coleta destes materiais e encaminhá-los para reciclagem junto aos fabricantes. Uma Política Nacional de Resíduos Sólidos tramita no governo desde 2007, ainda sem aprovação final.
Resta às empresas cumprirem seus papéis e cuidarem para que aquilo que produzem e vendem seja descartado da maneira correta. Não só as empresas, mas também o consumidor pode tomar providências para evitar um colapso no sistema de limpeza pública e evitar um desastre ambiental eminente.
O que você pode fazer?
Computadores - Mesmo achando que o seu PC não presta para mais nada, muitos ainda podem aproveitá-lo para muitas coisas. Uma boa opção é doar para uma instituição como a "Fundação Pensamento Digital", que aceita modelos com processadores acima do Pentium II, além de monitores, teclados, mouses e cabos em funcionamento.
Além dessa instituição, outras como a ONG "Comitê para Democratização da Informática" também aceitam computadores em todo o Brasil, além de periféricos, scanners e impressoras. Com as doações o CDI busca levar o conhecimento da tecnologia à população de baixa renda.
Caso seja uma raridade, é possível levar sua relíquia ao "Museu do Computador", que aceita doações de equipamentos para compor seu acervo. Além do seu PC velho, eles também aceitam HDs, disquetes, placas-mãe, softwares, livros, revistas e até material antigo de escritório. Em uma oficina especializada, os equipamentos doados são revisados e consertados para exposição.
Jose Carlos Valle, presidente e curador do museu, ressalta que a vantagem em doar as peças ao local é o uso de tudo o que é entregue. "Não jogamos nada fora, aproveitamos tudo. As peças de museu serão guardadas, e as outras são separadas para diversos fins como fazer quadros etc." declara. Consciente do problema do lixo eletrônico Valle ministra palestras informativas sobre o assunto, nas quais dá ideias do que mais pode ser feito com a sucata tecnológica, como roupas e esculturas.
Impressora - Em vez de jogar sua impressora fora quando for realizar um upgrade no escritório, utilize-a para conseguir um desconto em novos equipamentos. O programa "Novo Trade In da HP" dá um vale compras de até R$200,00 na compra de impressoras e multifuncionais para quem trouxer seu aparelho usado.
Celular - Se você está cansado do seu celular e comprou outro a primeira coisa a fazer é tentar vendê-lo em um dos tantos sites de venda ou em listas de emails, entre amigos. Outra opção é dá-lo a alguém, pois sempre há quem tenha um modelo pior do que o seu, ou que tenha sido roubado ou quebrado. Passar um celular a outra pessoa aumenta a vida útil do aparelho e prolonga a data do seu descarte.
Caso você não queira dar e nem vender, ou seu celular quebrou, caiu na privada etc., existem muitos locais em que você pode depositar a bateria, o aparelho e inclusive acessórios do celular. As operadoras Claro, Vivo e TIM recolhem esse tipo de material em muitas de suas lojas e as fabricantes Sony Ericsson, Nokia e Motorola também possuem programas de recolhimento de aparelhos e acessórios.
Baterias, pilhas de câmeras, relógios e outros - Muitas empresas possuem um local próprio para que seus funcionários descartem seu lixo eletrônico. Se esse não for o caso da sua, procure o Papa Pilhas, projeto do Banco Real em parceria com outras empresas que espalha em shoppings, empresas e agências bancárias repositórios nos quais podem ser descartadas baterias variadas e pilhas de eletroeletrônicos em geral.
Segundo o "site do projeto", até o final de 2008 mais de 170 toneladas de material foram recolhidas e enviadas à empresa Suzaquim, uma das únicas empresas no Brasil autorizada a reciclar esses produtos.
O Papa Pilhas não aceita baterias maiores do que 500 gramas ou com dimensões maiores do que 5 x 8 cm, mas de acordo com a lei a devolução desses itens deve ser feita no local de compra ou ao fabricante.
Lâmpadas - Segundo a Apliquim, empresa especializada em processamento de lâmpadas descartadas, o processo acima vale também para as lâmpadas, sejam elas fluorescentes ou incandescentes. Uma vez que seu vidro não pode ser reciclado da forma normal, elas devem ser devolvidas ao local em que foram compradas.
Atenção com o que compra - Pilhas falsificadas e irregulares representam um risco ainda maior ao meio ambiente, pois podem vazar com maior facilidade. Exija do vendedor todas as informações possíveis a respeito da origem da pilha, e desconfie do camelô que vende aquelas marcas chinesas por três reais e adquira apenas marcas conhecidas.
Além disso, prefira aparelhos portáteis cuja bateria pode ser removida. Produtos que possuem pilhas embutidas duram menos e é mais difícil encontrar um local para substituir sua carga.
O que é feito com o lixo eletrônico?
No Brasil, todo tipo de bateria recarregável como as que utilizamos em notebooks, máquinas fotográficas, celulares e pilhas recarregáveis e que são recolhidas para a reciclagem costumam passar por um processo de desencapação e os metais contidos em seu interior são queimados em fornos industriais de alta temperatura com filtros que impedem a emissão de gases poluentes. Ao final são obtidos sais e óxidos metálicos, que posteriormente são utilizados em tintas, vidros, cerâmicas e química em geral.
Um processo semelhante acontece com outros tipos de equipamentos. Computadores, celulares e outros eletrônicos são desmembrados em várias partes (metais, fontes, placas de circuito, plástico) manualmente ou de forma automática. Segundo a Nokia, seus aparelhos e acessórios têm em sua composição 45% de plástico, 20% de cobre, 10% de materiais cerâmicos e 25% de outros materiais, todos eles com 100% de capacidade de reaproveitamento. O material separado pode ser moído ou derretido, voltando à sua origem e entrando na fabricação de novos produtos, que nem sempre são eletroeletrônicos.
Mas o site "Lixo Eletrônico" afirma que o Brasil ainda não possui um processo completo de reciclagem de materiais. Após a separação das partes mais valiosas manualmente, o resto do lixo eletrônico é moído e enviado para fora do país. O site também informa que em alguns lugares esse processo é executado por crianças de 12 anos.
Joga fora no lixo
Uma iniciativa divertida aconteceu no último dia 3 de outubro no Gramadão da Vila A, local de morada de trabalhadores da hidrelétrica Itaipu Binacional. A segunda edição do "Campeonato Sul-Americano de Arremesso de Celular e o 1º Campeonato Mundial de Arremesso de Notebook" reuniram 120 pessoas com o objetivo de conscientizar os participantes sobre a importância do lixo eletrônico.
Cobrando uma inscrição de 2 quilos de alimento os campeonatos premiaram aqueles que conseguiram arremessar os equipamentos o mais longe possível com ingressos para hotéis e passeios turísticos. "Todo o material utilizado no torneio não funciona mais, foram sucatas doadas por seus donos ou assistências técnicas" avisa Gabriel Campos, coordenador do evento.
Ricardo Pires Garcia levou o primeiro lugar ao arremessar seu celular a 87,44 metros de distância, quebrando seu próprio recorde feito no ano anterior, e Roberson da Luz foi o vencedor da categoria dos notebooks, alcançando a marca de 25,85 metros. Os celulares e notebooks arrecadados foram destinados para a COAAFI (Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu) e os alimentos serão doados para o Projeto Mão Amiga, instituição que acolhe moradores de rua em Foz do Iguaçu.
O evento teve grande repercussão na cidade e na mídia nacional. "Nosso objetivo era chamar a atenção para a quantidade de produtos eletrônicos produzidos no mundo, 50 milhões de toneladas/ano, e fazer a pergunta: 'Qual o destino final destes produtos?'. Acredito que a semente foi lançada" comenta Gabriel, que ficou satisfeito com o resultado.
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Footprint Calculator
Footprint Calculator
How much land area does it take to support your lifestyle?
http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/
Take the quiz to find out your Ecological Footprint, discover your biggest areas of resource consumption, and learn what you can do to tread more lightly on the earth.
How much land area does it take to support your lifestyle?
http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/
Take the quiz to find out your Ecological Footprint, discover your biggest areas of resource consumption, and learn what you can do to tread more lightly on the earth.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Qual é a hora certa para ir banheiro em um filme?
Olha só - por Ricardo Calil
28/05/2009 - 22:03
Qual é a hora certa para ir banheiro em um filme?
Deu no Blue Bus: existe um site americano que indica os melhores momentos para ir ao banheiro no meio de um filme, os chamados tempos mortos, em que rola pouca ação. O RunPee permite a colaboração dos usuários e tem uma lista ainda pequena de filmes, que vai das estreias da semana a filmes mais antigos. Dois exemplos: em “Star Wars”, o momento do xixi vem com 1h40 de projeção, quando Han diz a Luke: “Ainda não escapamos desta”; em “Wolverine”, são 50 minutos até a hora do banheiro, bem no instante em que o protagonista descobre que tem garras metálicas. O site ainda indica o que acontece nos três minutos seguintes, que ele calcula como tempo médio da ida ao WC. Serviço bom é isso aí.
28/05/2009 - 22:03
Qual é a hora certa para ir banheiro em um filme?
Deu no Blue Bus: existe um site americano que indica os melhores momentos para ir ao banheiro no meio de um filme, os chamados tempos mortos, em que rola pouca ação. O RunPee permite a colaboração dos usuários e tem uma lista ainda pequena de filmes, que vai das estreias da semana a filmes mais antigos. Dois exemplos: em “Star Wars”, o momento do xixi vem com 1h40 de projeção, quando Han diz a Luke: “Ainda não escapamos desta”; em “Wolverine”, são 50 minutos até a hora do banheiro, bem no instante em que o protagonista descobre que tem garras metálicas. O site ainda indica o que acontece nos três minutos seguintes, que ele calcula como tempo médio da ida ao WC. Serviço bom é isso aí.
sábado, 28 de março de 2009
A ecologia do Fantástico
Fantástico de domingo 22/03/09.
Uma reportagem sobre ecologia(?) começa a ser exibida, e de repente eles mostram um carro movido a lixo. Os autores da "invencao" colocam raspas de madeira para fazer o carro funcionar com dificuldade. Madeira é lixo?
Depois mostram o que mais me deixou preocupado: uma cidade que supostamente é energizada pela queima do lixo. Zeca Camargo diz algo do tipo:
"Lixo nao eh um problema para essa cidade. O que seria ruim em outros lugares aqui serve para fornecer luz para 7 mil habitantes. TODO o lixo é transformado em energia".
Assim é a lição de ecologia do fantastico. Vamos produzir mais lixo pra gerar energia para nossas cidades...então tá.
José Simão é quem tem razão. Aquecimento Global é Suzana Vieira no ensaio de escola de samba para o carnaval hahahahaha
Uma reportagem sobre ecologia(?) começa a ser exibida, e de repente eles mostram um carro movido a lixo. Os autores da "invencao" colocam raspas de madeira para fazer o carro funcionar com dificuldade. Madeira é lixo?
Depois mostram o que mais me deixou preocupado: uma cidade que supostamente é energizada pela queima do lixo. Zeca Camargo diz algo do tipo:
"Lixo nao eh um problema para essa cidade. O que seria ruim em outros lugares aqui serve para fornecer luz para 7 mil habitantes. TODO o lixo é transformado em energia".
Assim é a lição de ecologia do fantastico. Vamos produzir mais lixo pra gerar energia para nossas cidades...então tá.
José Simão é quem tem razão. Aquecimento Global é Suzana Vieira no ensaio de escola de samba para o carnaval hahahahaha
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